2010-12-25

Homeless

Eu não tenho mais casa, não tenho mais para onde voltar. Eu já sabia disso, já sentia isso há muito tempo.
Entendo agora que casa é o lugar que tu constrói, que tu te estabelece e não necessariamente o lugar onde nasceu ou onde a família mora.
Casa é o lugar onde tu pode fazer o que quiser de acordo com a tua vontade, que tu tem liberdade pra falar o que quiser e quando quiser.
Casa é o lugar onde tu constrói respeito. Não precisa conviver com outras pessoas pra construir respeito, tu pode morar sozinho e fazer isso, tu te respeita e isso basta.
Um dos maiores problema de quando crescemos é que não determinamos as pessoas por laço de afetividade ou ligação sanguínea, e sim pelo que as pessoas realmente são. Não são pais, mães e irmãos, são pessoas. Mas quando se nasceu depois destes, é difícil desses estabelecerem relações de respeito fora dos laços de sangue ou de afetividade. Uma vez filha, sempre filha, não pessoa.
Entendo agora que casa é o lugar que tu constrói, que tu te estabelece e não necessariamente o lugar onde nasceu ou onde a família mora.
Casa é o lugar onde tu pode fazer o que quiser de acordo com a tua vontade, que tu tem liberdade pra falar o que quiser e quando quiser.
Casa é o lugar onde tu constrói respeito. Não precisa conviver com outras pessoas pra construir respeito, tu pode morar sozinho e fazer isso, tu te respeita e isso basta.
Um dos maiores problema de quando crescemos é que não determinamos as pessoas por laço de afetividade ou ligação sanguínea, e sim pelo que as pessoas realmente são. Não são pais, mães e irmãos, são pessoas. Mas quando se nasceu depois destes, é difícil desses estabelecerem relações de respeito fora dos laços de sangue ou de afetividade. Uma vez filha, sempre filha, não pessoa.


Alinhar à direita

2010-12-06

Fucking Sunday

You know what? I just love Ugly Betty. No, it's true!
Eu sempre esqueço que é uma série que eu adoro assistir, e hoje, por uma coincidencia incrível (Deus, are You kidding me again?) mostrou, e não foi nem uma interpretação minha, ou algo que me fez pensar, mostrou algo que realmente aconteceu hoje. Com detalhes, exatamente o mesmo tipo de situação, inclusive com o pedido de desculpas no final e o abandono póstumo, no dia seguinte. Dentre muitas coisas, ainda mostrou um dos personagens mudando de rumo profissionalmente e pessoalmente, isso me fez pensar também. Talvez eu tenha pensado demais nisso ultimamente. NÃO, eu não tenho pensando demais em mudar as coisas de rumo, é uma tendência a acomodação, a maioria das pessoas quer isso, que rotina, quer estabilidade, quer uma rede de segurança sem nem precisar de uma. Durante muito tempo eu vivi sem rede de segurança para as minhas atitudes porque de fato eu não precisava, tu não precisa ter muitas seguranças quando mora com os pais e etc, mas eu saí de casa e continuei sem rede e foi awesome. Depois eu comecei a entrar em parafuso e me cerquei de cuidados tão sem sentido, tão absurdos que deixei de viver durante algum tempo. Não que pessoas que tenham uma rotina não tenham vida ou algo assim, não é isso, mas eu acho que eu não consigo viver assim, não plenamente, não consigo me acostumar com estabilidade, simplesmente não faz sentido eu fazer da minha vida uma merda. Essa é a questão, fazer da minha vida uma merda não dá.
Algumas vezes precisamos descer do salto no meio da noite, pisarmos no chão sujo e deitarmos no tapete que seu irmão passou a tarde rolando em frente a árvore de Natal e ter uma epifania. And trust me, it really comes.

My golden heart beats for two
My golden heart beats for you
I feel my pain
The time it takes
For us to change
Its gonna happen anyway.

Paper Romance - Groove Armanda

2010-11-25

Trust me if you can

Okay, imagine uma oficina sobre Second Life. Aqueles que já estão ou passaram pela universidade sabem o que é uma oficina, é tipo um curso de pouca duração, essa oficina é relativamente grande, serão três dias, três tardes.
Três turnos dedicados ao aprendizado de como se virar no Second Life. E?
É coisas que a minha orientadora me inscreve, quando terminar eu conto mais.
Mas tipo, fala sério.

2010-09-28

Flavor of Life - Utada Hikaru

Daí a minha mãe viu no Mais Você que tem pessoas ganhando dinheiro a partir de blogs, experimentando maquiagens, fazendo propaganda e ganhando cerca de 2 pau mês, quer dizer, eu tinha que vir postar depois dessa, né?
As coisas estão mudando lentamente e eu não sei para onde elas estão indo, mas eu não faço questão de saber, eu sempre gostei do inesperado. Na verdade eu amava surpresas até um cara brotar na porta da minha casa vindo de 6 mil quilometros pra me ver quando eu tinha 15 anos, quer dizer, foi um choque e eu passei a detestar surpresas... Mas está na hora de voltar a se aventurar, a escrever, a postar, a rir de coisas bestas e fazer o inesperado acontecer.

E sabe do que mais? Hoje o céu parece mais azul que ontem, parece tão claro que o sol vai quebrar o vidro que sustenta o céu e todos nós vamos morrer com estilhaços cintilantes.
E isso não me assusta, isso me anima.

BACK!

2010-03-17

Que saco.

O foda de se acomodar é que as pessoas a sua volta se acostumam a você assim e isso se torna muito ruim quando você volta a mudar e a não gostar das coisas.
Não posso reclamar demais, não posso brigar, não posso mudar de humor repentinamente, não posso fechar a cara. Não posso porque se eu faço ele passa mal, ele simplesmente fica sem comer, fica morrendo de dor, fica mal e eu me sinto diretamente (e com razão) culpada afinal de contas fui eu que provoquei, fui eu que estressei. Eu sou estressada, eu sou muito estressada, faz quanto tempo que eu não me estresso mesmo? Isso acumula e é ruim, afinal de contas ninguém tem nada a ver com os meus problemas ou com as minhas vontades de querer dar chiliques, de me trancar num quarto, de quebrar coisas e gritar, de ficar de cara amarrada. Não é?
Mas eu quero, eu quero bancar a criança, eu tô me sentindo irritada, cada vez mais irritada. Tudo me tira do sério, tudo acaba com a minha paciência, tudo me deixa magoada, tudo me chateia, tudo.
- Eu tô com cólica.
- Meu namorado desligou na minha cara, tô me sentindo muito melhor depois disso.
- Eu deveria estar fazendo um trabalho e não estou, só vou fazer amanhã, eu ia vim pra casa fazer isso agora mas depois de sair da unisinos puta da cara, ele ficar de costas pra mim, deles ficarem rindo lá conversando com uma guria que óóóóóóbviamente é muito mais legal, muito mais bonita, muito mais engraçada, muito mais simpática e muito mais divertida do que eu e lógico, não fica olhando pro nada e mudando de humor, adoray.

Acho que vou encerrar minha "carreira" de escritora por aqui, não consigo mais escrever direito, tudo sai sempre uma merda.

2010-02-14

Xangri-Lá 28°C

Tirando as teias de aranha do blog and let's go, kids!
Não foi saudade, foi falta de escrever mesmo, foi vontade de falar, é essa maldita vontade de escrever que me vence em todo o verão que está novamente aqui, me sinto muito criativa no verão pois são poucos os momentos que me inspiram, comigo é assim mesmo: Quanto menos me sinto inspirada, mais vontade me dá de escrever porque eu percebo quando eu estou inspirada, se torna um momento tão raro que eu me apego a ele como se fosse o último.
A questão é que tudo isso se mistura com a volta do meu pc. Sim, meu antigo pc foi reativado e com ele todo o meu belíssimo HD. Fotos, fotos e mais fotos, olhei uma por uma, deletei 1gb delas e muitas ficaram e me fizeram pensar porque elas ficaram.
Pena de deletar, saudade do que passou, falta daquela foto que não foi tirada e do momento que não aconteceu, mas hoje, só hoje, eu precisava falar de uma delas.


O cúmulo da convivencia, não? Eu gosto muito dessa foto, é uma das minhas favoritas com o Diogo. Gosto de mim na foto, gosto dele na foto, gosto de estar com o casaco dele na foto, lembro daquela noite e gosto de lembrar dela: A janta foi simplesmente horrível mas o porre foi dos melhores e em grande estilo - Tequila José Cuervo Gold, Red Label e Passaport. Jogamos "Eu nunca", twister, conversamos, entramos no mar sem roupa as 7 horas da manhã. Eu sempre senti saudade das coisas, acho que sou esse tipo de pessoa, que vive as coisas e não se lamenta por não terem sido mais longas... Mas eu olho pro verão passado e não sinto saudade. Vivi ele, amei ele, me magoei, bebi e não vomitei. Não sinto saudade, acho que sinto uma espécie de orgulho... Não, essa não é a palavra, acho que eu simplemente me sinto feliz por ter vivido ele, por ele ter passado e se concluído. Diogo, brigada pelo verão de 2009.

Ô comunista, volta logo, PORRA!

2010-01-07

Inusitadamente legal

Não sei se é assim que se faz, mas se um dia eu engravidar eu vou passar toda a gestação dançando e ouvindo muita música pra que meus filhos tenham maior probabilidade de herdarem os meus genes de sentir as músicas nos nervos como eu sinto.
Tantas coisas pra dizer, tantas coisas acontecendo na minha cabeça e um espaço em branco acaba matando e dissolvendo tudo. Mas ah! Lembrei de algo realmente legal que eu vi.
Faz uns dois dias, eu acho, eu estava na lotação e vi uma coisa muito interessante, acho que foi o ápice do diferencial. Haviam duas pessoas na lotação e elas eram surda ou mudas, não sei ao certo, elas se comunicavam por libras, então não posso nem dizer se uma das duas pessoas falav ou ouvia mas eu desconfio que não. Logo percebi que se tratava de um casal, um sentado e o outro de pé, quando vagou o banco do lado, se sentaram juntas. A menina era toda arrumadinha mas era simples, sabe? Quando vi a outra pessoa sentar, que mais parecia um garoto meio desleixado de havaianas eu vi que era uma menina, sim, era uma truck e eu demorei a perceber, mas okay. A que era mais feminina era negra e sabe, era nítido que era um casal, elas se beijavam e tal. Achei legal.
Quando desci da lotação eu comecei a pensar em quantas coisas elas já deveriam ter passado, imagina só: Mudas/surdas, lésbicas e uma negra e outra branca, a branca era lésbica caminhão mesmo, eu demorei a perceber que não era um cara. A partir disso eu fiquei pensando coisas como "nossa, como deve ser difícil a vida delas ou quanta barra elas já não devem ter passado, é incrivel as coisas que nós passamos por sermos que nós somos quando vamos contra a sociedade", sempre que vejo uma situação meio contrária a minha vida e complicada eu tento me por no lugar das pessoas e eu vi que eu tava sendo muito idiota pensando o que eu disse acima, na verdade eu não estava sendo, eu estava me sentindo idiota mesmo (o que é diferente) porque quando queremos muito algo não importa o que a gente passa, deve ter sido complicado sim em alguns momentos e até mesmo estressante mas não acho que tenha sido dificil propriamente dito, quando queremos muito algo, quando gostamos muito de algo e principalmente quando encontramos alguém especial a quem amamos tudo nós acabamos ignorando todo o resto e ainda fazemos melhor!, fazemos de todas as supostas dificuldades grandes desafios que nos estimulam cada vez mais. Desafios me deixam de bom humor, me deixam eufórica, fazem eu me sentir mais viva.
Lésbica, surda ou muda e negra com uma lésbica branca, caminhão pra caramba e surda ou muda também? Miscigenação, homossexualidade e "deficiente" ou "portador de necessidade especiais"?(odeio os dois termos, que seja surdo, mudo, cotoco, sério, odeio termos que deixam as coisas mais "brandas" e menos "ogras", me parece uma oferensa a minha inteligencia e a da pessoa ficar mascarando o que ela é colocando enfeites que só pioram) Me peguei sorrindo pro meio fio quando cheguei na conclusão: Quero viver um desafio foda assim também.
Jello Rainbow - Que seja gostoso ao menos, né? ;D